Projetos-piloto
As soluções resultantes das sessões de trabalho foram materializadas em iniciativas com diferentes âmbitos de intervenção e que são a base dos dois projetos-piloto a implementar.
As 90 iniciativas que foram agrupadas em: Gestão da Doença, Integração de Cuidados, Resultados em Saúde e Prevenção e Promoção da Saúde:
Resultados em Saúde: Medição de resultados clínicos centrados no doente permitindo uma visão holística dos cuidados prestados, garantindo a melhoria contínua dos serviços de saúde e da excelência clínica e possibilitando a avaliação dos serviços e o alinhamento com a estratégia de saúde definida.
Integração de Cuidados: Integração dos cuidados primários, secundários e continuados como forma de promover a eficiência do sistema de saúde através do estabelecimento de estratégias e objetivos comuns aos diferentes níveis de prestação de cuidados.
Gestão da Doença: Aumento da responsabilização do doente na gestão da sua saúde e da sua doença garantindo a continuidade do acompanhamento prestado pelo SNS na comunidade através da educação para a saúde e da colaboração de prestadores, cuidadores, farmácias, autarquias, IPSS e demais associações.
Prevenção e Promoção da Saúde: Educação, responsabilização e participação dos diferentes profissionais de saúde de forma a garantir a prevenção da doença, a promoção de um estilo de vida saudável e a correta e racional utilização dos serviços de saúde.
Ambos os projetos piloto têm como objetivo abandonar as modalidades de pagamento baseadas em volume de cuidados e limitadoras da inovação nos modelos de prestação e cuidados. Assim, têm como ambição criar um ecossistema promotor da inovação da prestação de cuidados entre os vários níveis de cuidados de saúde, setor social e parceiros comunitários.
PROJETO-PILOTO FAROL
Implementação de um modelo de financiamento baseado na medição de indicadores clínicos e não clínicos e na gestão integrada da doença no tratamento do Cancro do Pulmão no IPO Porto.
O projeto-piloto FAROL, com foco nos Resultados em Saúde e na Gestão Integrada da Doença, consiste no desenvolvimento de um modelo de financiamento centrado na medição de resultados com incentivos associados à qualidade.
Este projeto-piloto será desenvolvido no IPO Porto no âmbito da patologia do Cancro do Pulmão e permitirá medir os resultados em saúde (clínicos e relativos à experiência do doente) ao longo de todo o percurso do doente e determinar o custo real de tratamento. Este projeto-piloto permitirá dar os primeiros passos para a implementação do modelo de Value-Based Healthcare em Portugal.
O projeto-piloto FAROL possibilitará determinar a qualidade assistencial, comparar o custo real de tratamento do doente com Cancro do Pulmão com o preço compreensivo atribuído pela ACSS e testar diferentes modelos de incentivos que premeiem as instituições que apresentem melhores resultados.
PROJETO-PILOTO polaris
Implementação de um modelo de financiamento de base populacional focado na integração de cuidados e na prevenção e promoção da saúde na área de afetação do CH de Trás-os-Montes e Alto Douro.
O projeto-piloto POLARIS foca-se na Integração de Cuidados e na Prevenção da Doença e Promoção da Saúde no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD). Quatro iniciativas essenciais para a gestão coordenada entre Cuidados de Saúde Primários e Secundários serão desenvolvidas, com impacto ao nível do acesso aos serviços de saúde, na governação das instituições e na proximidade ao cidadão.
Através do POLARIS será possível testar um modelo de financiamento sombra de base populacional, que será comparado com os atuais orçamentos (baseados em atividade) das unidades de Cuidados de Saúde Primários e Secundários na área de influência do CHTMAD. Neste âmbito serão identificados os custos de estrutura do CHTMAD, de modo a discriminar os custos fixos dos custos relativos à atividade e determinar o valor de capitação adequado tendo em conta o contexto da instituição.
O Projeto 3F – Financiamento, Fórmula para o Futuro materializa nos seus projetos-piloto o objetivo de desenvolver, implementar e avaliar diferentes modelos de organização e de financiamento com valor para o doente, para os profissionais e para o sistema de saúde que possam ser replicados nos restantes hospitais portugueses.